Brasil lança programa para liderar a era da inteligência artificial

02 DE OUTUBRO, 2025

O Brasil deu um passo decisivo para ocupar posição de destaque no cenário global da inteligência artificial. Lançado pelo governo federal, o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA) estabelece diretrizes para o avanço do país na área, com o objetivo de estimular pesquisas, aproximar academia e setor produtivo e garantir que a tecnologia seja aplicada de forma ética e estratégica. O programa busca transformar a IA em motor de desenvolvimento econômico, inovação e melhoria da qualidade de vida.

Entre os principais objetivos do PBIA estão o incentivo à criação de centros de pesquisa avançada, a formação de especialistas e a democratização do acesso a recursos de computação de alto desempenho. A proposta é criar condições para que empresas, startups e instituições públicas possam desenvolver soluções próprias, em áreas que vão da saúde e agricultura à indústria e gestão pública. Para isso, o programa prevê investimentos robustos em infraestrutura e capacitação.

Um dos pilares desse plano é a instalação de um novo supercomputador que ficará entre os cinco mais potentes do mundo. Com investimento estimado em R$ 1,8 bilhão, a máquina terá capacidade inédita de processamento e será usada em pesquisas científicas, desenvolvimento de políticas públicas e suporte a empresas que necessitam de alto poder computacional.

A expectativa é que esse novo “supermega” computador seja instalado em Petrópolis, no Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC). A cidade já abriga o Santos Dumont, supercomputador de alto desempenho que é o maior da América Latina, e conta com equipes de cientistas e pesquisadores altamente qualificados. A escolha traria sinergia ao aproveitar a infraestrutura já existente, que precisa ser ampliada, mas que reúne condições ideais para transformar a chegada da nova máquina em um salto estratégico para a ciência e a inovação no Brasil.

O projeto já começou a ganhar forma com a expansão do próprio Santos Dumont, que teve sua capacidade ampliada em 575%, alcançando 18,85 petaflops. Essa atualização envolveu a adoção de tecnologias de ponta, como processadores Intel Xeon, GPUs NVIDIA H100 e superchips Grace Hopper. Para garantir sustentabilidade, o sistema passou a contar com refrigeração líquida direta, capaz de reduzir drasticamente o consumo de energia.

Com a convicção de que o novo supercomputador ficará em Petrópolis, a cidade já escolheu até o nome da nova máquina: “Santos Dumont IA”. A criança ainda nem nasceu, mas já tem nome!

Fonte: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação – Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA). Relatório completo disponível em: https://www.gov.br/mcti/pt-br/acompanhe-o-mcti/transformacaodigital/inteligencia-artificial