O pioneirismo sempre fez parte da identidade de Petrópolis. Foi nas montanhas da cidade que Alberto Santos Dumont, o Pai da Aviação, encontrou inspiração para seus feitos revolucionários, marcando a vocação local para a inovação tecnológica. Mais de um século depois, esse espírito se mantém vivo. Hoje, Petrópolis reúne um ecossistema robusto de ciência e tecnologia, que a credencia a receber o novo supercomputador do governo federal.
No Quitandinha, está instalado o Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), que abriga o Santos Dumont, o maior supercomputador da América Latina voltado à pesquisa científica. A cidade também é sede do Serratec, o Parque Tecnológico da Região Serrana, que atua como polo indutor de negócios em TI.
Além da força empresarial, Petrópolis conta com universidades, cursos técnicos e uma rede de pesquisadores ativos que formam mão de obra altamente qualificada. Essa base sólida rendeu à cidade, em março deste ano, o título de Capital Tecnológica do Estado do Rio. Multinacionais, empresas centenárias, startups e instituições acadêmicas atuam lado a lado, fortalecendo um ambiente que alia tradição e inovação.
Agora, o município se prepara para um novo salto. O governo estadual finaliza o projeto de criação de um distrito de inovação tecnológica, a ser instalado na antiga Fábrica de Café Solúvel, às margens da BR-040. Diferentemente dos polos voltados apenas à tecnologia da informação, o espaço foi concebido para abrigar um ecossistema de inovação diversificado, com centro de pesquisas, startups, auditórios e áreas de convivência para profissionais e empreendedores.
Conheça o que Petrópolis têm para ser a casa da supercomputação brasileira:
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O Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), sediado em Petrópolis, é uma instituição de referência em ciência e tecnologia no Brasil. Criado em 1980, integra o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e atua em pesquisa avançada em matemática aplicada, modelagem computacional e inteligência artificial. O LNCC abriga o supercomputador Santos Dumont, o maior da América Latina voltado à pesquisa científica, utilizado em áreas como clima, energia, saúde e engenharia, colocando o Brasil entre os grandes centros mundiais de supercomputação.
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O Parque Tecnológico da Região Serrana (Serratec) é um dos principais polos de inovação do Estado do Rio de Janeiro. Instalado em Petrópolis, reúne empresas, universidades e instituições de pesquisa em um ecossistema que impulsiona negócios de tecnologia. Com mais de 400 empresas de TI associadas, o setor já gera cerca de cinco mil empregos e um faturamento anual superior a R$ 1 bilhão. Além de atrair investimentos e capacitar profissionais, o Serratec promove a integração entre startups e grandes empresas, fortalecendo a economia da Serra Fluminense.
Outros diferenciais:
1. Formação de mão de obra qualificada +
Petrópolis tem base educacional completa: do ensino técnico à universidade, passando por formação continuada. Com isso, mantém um fluxo constante de profissionais capacitados para abastecer empresas locais, startups e multinacionais.
A inauguração do Laboratório de Inteligência Artificial e Computação Quântica na FAETERJ Petrópolis, fruto de uma parceria estratégica com o LNCC, TJRJ, e prefeituras, é um passo importante para a inovação na região. O espaço oferece a pesquisadores ferramentas de ponta com foco em áreas como Inteligência Artificial (aplicada à mobilidade urbana e prevenção de desastres) e Computação Quântica (com acesso a simuladores e hardwares quânticos).
- FAETERJ Petrópolis (FAETEC) – curso superior em Sistemas de Informação.
- CEFET/RJ (Unidade Petrópolis) – cursos técnicos e superiores em informática e engenharia.
- UFF – Novo Núcleo de Inovação em Tecnologia e Negócios da Escola de Engenharia de Petrópolis (NITNEP)
- LNCC – Mestrado e Doutorado em Modelagem Computacional
- UCP (Universidade Católica de Petrópolis) – Ciência da Computação, Sistemas de Informação e pós-graduações em TI.
- Estácio, Unopar, Anhanguera, Cruzeiro do Sul – polos de graduação e EAD em tecnologia.
- Sistema FIRJAN (SENAI/SENAC) – cursos técnicos e profissionalizantes em automação, eletrotécnica, mecânica, logística e TI.
- Serratec – Programa Residência em TICs – referência no estado, com alta empregabilidade em software e dados.
- Equipes do LNCC e pesquisadores já formados em HPC garantem a rápida integração entre os dois sistemas.
- ETICs – Espaços de Tecnologia e Inclusão Comunitária (ETICs) da Prefeitura. Só no núcleo do Bingen são cerca de 200 alunos.
2. Diferenciais estratégicos de Petrópolis +
A segurança não é apenas uma questão de qualidade de vida, é a base para o desenvolvimento. Petrópolis é a cidade mais segura do Estado do Rio de Janeiro e a 20ª de todo o Brasil. Esse ambiente de tranquilidade é fruto de um trabalho de inteligência e cooperação. Com um Centro Integrado de Monitoramento e Operações (CIMOP) munido com câmeras e a colaboração de todas as forças de segurança, Petrópolis oferece um ambiente estável e seguro. Essa segurança é fundamental para qualquer projeto de tecnologia de ponta, permitindo que a ciência e a inovação prosperem.
- Capital tecnológica do estado: já reconhecida por abrigar o LNCC e o Serratec.
- Proximidade com o Rio de Janeiro: a 1h30 do centro político e econômico do estado, com acesso rodoviário e digital.
- Condições climáticas favoráveis: temperaturas mais amenas na serra reduzem custos de refrigeração para data centers e HPCs.
- Tradição em ciência e inovação: o LNCC está instalado na cidade desde 1980, consolidando a cultura de pesquisa avançada.
- Integração ensino–pesquisa–indústria: universidades, centros de inovação e multinacionais já conectados em rede local.
- O novo supercomputador traria complementaridade ao Santos Dumont, fortalecendo a posição do Brasil no cenário global de HPC e IA.
3. Impactos Sociais e Econômicos +
- Ciência: aceleração de pesquisas em saúde, clima, energia e agricultura.
- Economia: atração de novos investimentos e empresas de base tecnológica.
- Sociedade: formação de mão de obra altamente qualificada, geração de empregos e retenção de talentos na região.
- Soberania tecnológica: processamento de dados estratégicos em território nacional, reduzindo a dependência de infraestrutura estrangeira.
- Criação de um hub integrado de supercomputação, com Petrópolis como referência regional e nacional.