Petrópolis, a casa natural do novo Supercomputador

O Brasil se prepara para receber um novo supercomputador, previsto para estar entre os cinco mais potentes do mundo. Integrado ao Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA), o equipamento terá investimento estimado em R$ 1,8 bilhão e deve reunir cerca de 5 mil GPUs em uma arquitetura de última geração baseada em tecnologias abertas como o RISC-V. A expectativa é que a máquina acelere pesquisas em saúde, energia, agricultura e clima, além de fortalecer a transformação digital de serviços públicos e ampliar a autonomia tecnológica do país.

Entre as alternativas para sediar essa infraestrutura, Petrópolis surge como a escolha natural. A cidade já abriga o Santos Dumont, maior supercomputador da América Latina, em operação no Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) desde 2016. Este ano, o sistema passou por uma expansão que elevou sua capacidade para 18,85 petaflops, consolidando uma infraestrutura de energia, refrigeração e suporte técnico que já está pronta para receber equipamentos ainda mais potentes.

A instalação do novo supercomputador em Petrópolis permitirá a criação de um parque nacional de supercomputação, integrando os recursos do Santos Dumont à nova máquina. Essa proximidade reduzirá custos, ampliará a eficiência operacional e reforçará a posição do Brasil no cenário global de computação de alto desempenho.

O ecossistema local contribui para esse cenário. A cidade reúne instituições de ensino superior com foco em tecnologia, programas de capacitação como o Serratec – Parque Tecnológico da Região Serrana, e pesquisa em áreas emergentes como computação quântica, já em desenvolvimento na FAETERJ Petrópolis. A presença de multinacionais como GE Celma, Carl Zeiss e Orange Business Services adiciona uma dimensão prática, garantindo demanda por soluções avançadas de ciência de dados e inteligência artificial.

Com infraestrutura instalada, tradição científica e um ambiente de inovação ativo, Petrópolis oferece as condições necessárias para receber o novo supercomputador. Mais do que abrigar uma nova máquina, a cidade reúne os elementos que permitem transformar esse investimento em um salto de qualidade para o país. A integração entre pesquisa, formação de talentos e setor produtivo cria um ambiente capaz de gerar resultados duradouros não apenas para a ciência e a economia brasileiras, mas também para posicionar o Brasil entre os grandes players globais em inteligência artificial e computação de alto desempenho.

O Supercomputador
O Supercomputador
O Supercomputador

Santos Dumont

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Novo Supercomputador

Característica
Santos Dumont (LNCC – Petrópolis)
Novo Supercomputador (PBIA)
  • Ano de entrada em operação

    2016 (com upgrades em 2019 e 2025)

    Previsto para até 2026

  • Capacidade de processamento

    18,85 petaflops (após o upgrade de 2025)

    Exaflops (milhões de trilhões de cálculos/s)

  • Arquitetura

    CPUs, GPUs e APUs de última geração (Intel, AMD, NVIDIA)

    Arquitetura aberta RISC-V + ~5 mil GPUs

  • Aplicações principais

    Saúde, energia, clima, ciência dos materiais, IA

    Inteligência artificial em larga escala, big data, políticas públicas digitais

  • Local de instalação

    Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), Petrópolis

    Definição em andamento – Petrópolis já reúne infraestrutura pronta

  • Diferencial

    Maior supercomputador da América Latina, base consolidada em HPC

    Entre os 5 mais potentes do mundo, foco em IA e soberania digital

Santos Dumont:
gigante do cálculo impulsiona ciência e inteligência artificial em Petrópolis

O Supercomputador

Instalado no Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), em Petrópolis, o supercomputador Santos Dumont entrou em operação em 2016 e se tornou um marco para a ciência brasileira. Adquirido em 2015 junto à empresa francesa Atos/Bull, foi o primeiro sistema petascala do país — capaz de realizar um quatrilhão de cálculos por segundo — e desde então vem passando por sucessivas atualizações que ampliaram sua potência e relevância.

  • O Supercomputador

    Atualização multiplica a capacidade de cálculo

  • O Supercomputador

    Estrutura tecnológica

  • O Supercomputador

    Projetos e resultados

  • O Supercomputador

    Petrópolis como polo de inovação

  • O Supercomputador

    O próximo passo

  • O Supercomputador

    Motor de inovação

Linha do tempo do Santos Dumont

  • 2015

    Aquisição do supercomputador junto à Atos/Bull, na França.

  • 2016

    Início da operação no LNCC, em Petrópolis; primeiro sistema petascala do Brasil (1,1 petaflops).

  • 2019

    Primeiro grande upgrade, liderado pela Petrobras, eleva a capacidade para 5,1 petaflops.

  • 2025

    Atualização no âmbito do Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA) amplia a potência para 18,85 petaflops (+575%).

  • 2026 (previsto)

    Instalação de novo supercomputador, com arquitetura RISC-V e 5 mil GPUs, será um dos cinco mais potentes do mundo.