O Brasil se prepara para receber um novo supercomputador, previsto para estar entre os cinco mais potentes do mundo. Integrado ao Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA), o equipamento terá investimento estimado em R$ 1,8 bilhão e deve reunir cerca de 5 mil GPUs em uma arquitetura de última geração baseada em tecnologias abertas como o RISC-V. A expectativa é que a máquina acelere pesquisas em saúde, energia, agricultura e clima, além de fortalecer a transformação digital de serviços públicos e ampliar a autonomia tecnológica do país.
Entre as alternativas para sediar essa infraestrutura, Petrópolis surge como a escolha natural. A cidade já abriga o Santos Dumont, maior supercomputador da América Latina, em operação no Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) desde 2016. Este ano, o sistema passou por uma expansão que elevou sua capacidade para 18,85 petaflops, consolidando uma infraestrutura de energia, refrigeração e suporte técnico que já está pronta para receber equipamentos ainda mais potentes.
Santos Dumont
Novo Supercomputador
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Ano de entrada em operação
2016 (com upgrades em 2019 e 2025)
Previsto para até 2026
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Capacidade de processamento
18,85 petaflops (após o upgrade de 2025)
Exaflops (milhões de trilhões de cálculos/s)
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Arquitetura
CPUs, GPUs e APUs de última geração (Intel, AMD, NVIDIA)
Arquitetura aberta RISC-V + ~5 mil GPUs
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Aplicações principais
Saúde, energia, clima, ciência dos materiais, IA
Inteligência artificial em larga escala, big data, políticas públicas digitais
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Local de instalação
Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), Petrópolis
Definição em andamento – Petrópolis já reúne infraestrutura pronta
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Diferencial
Maior supercomputador da América Latina, base consolidada em HPC
Entre os 5 mais potentes do mundo, foco em IA e soberania digital
Santos Dumont:
gigante do cálculo impulsiona ciência e inteligência artificial em Petrópolis
Instalado no Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), em Petrópolis, o supercomputador Santos Dumont entrou em operação em 2016 e se tornou um marco para a ciência brasileira. Adquirido em 2015 junto à empresa francesa Atos/Bull, foi o primeiro sistema petascala do país — capaz de realizar um quatrilhão de cálculos por segundo — e desde então vem passando por sucessivas atualizações que ampliaram sua potência e relevância.
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Atualização multiplica a capacidade de cálculo
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Estrutura tecnológica
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Projetos e resultados
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Petrópolis como polo de inovação
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O próximo passo
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Motor de inovação
Linha do tempo do Santos Dumont
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2015
Aquisição do supercomputador junto à Atos/Bull, na França.
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2016
Início da operação no LNCC, em Petrópolis; primeiro sistema petascala do Brasil (1,1 petaflops).
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2019
Primeiro grande upgrade, liderado pela Petrobras, eleva a capacidade para 5,1 petaflops.
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2025
Atualização no âmbito do Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA) amplia a potência para 18,85 petaflops (+575%).
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2026 (previsto)
Instalação de novo supercomputador, com arquitetura RISC-V e 5 mil GPUs, será um dos cinco mais potentes do mundo.